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4 lugares fascinantes onde o ser humano não pode pôr os pés

Hoje em dia, quando nos referimos a lugares fascinantes, é difícil imaginar um lugar no mundo que não possa ser explorado. A princípio, a impressão é que tudo está ao nosso alcance, e já foi fotografado e explorado nas redes sociais. Mas, por incrível que pareça, existem alguns poucos lugares que precisam permancer intocados.

Os turistas não pisam lá por motivos de segurança, legais ou científicos, ou tudo isso junto. Mas enfim, Nesse post, vamos falar sobre 4 lugares fascinantes que o ser humano não pode pisar.

Vamos ver uma ilha lotada de cobras venenosas no Brasil, uma caverna com obras de arte valiosas, um umbigo gigante e um cofre no fim do mundo. Vamos começar pelo último citado.

1 – O cofre no fim do mundo

lugares fascinantes 1 foto

O primeiro dos nossos 4 lugares fascinantes é um cofre. Para chegar lá, é preciso ir ao arquipélago de Svalbard, na Noruega, em uma ilha remota chamada Spitsbergen. Mais especificamente, a 120 metros no interior de uma montanha de arenito.

Ali, fica localizado o maior depósito de sementes do mundo, conhecido como Banco Mundial de Sementes de Svalbard. Mas por que essas sementes ficam ali?

No caso de uma catástrofe global, corremos o risco de perdermos para sempre culturas vitais para nossa existência. Por isso, cada país guarda seus próprios estoques de sementes.

Esse banco, construído em 2008, é uma espécie de medida global para segurança alimentar. Lá, ficam as sementes mais preciosas do mundo – quase 900 mil delas – que asseguram nossa alimentação em caso de algum desastre.

lugares fascinantes 1 foto 2

O bunker conserva uma reserva de cultivo que seria essencial para começar nossas colheitas do zero. E também para a restauração das espécies. O motivo de ficar em um lugar tão remoto é a segurança.

O cofre fica a cerca de 1.300 quilômetros do Polo Norte e 130 metros acima do nível do mar. A altura permite que o lugar permaneça seco, mesmo se as calotas polares derreterem.

Outra vantagem é que não há atividade sísmica ali, como vulcões ou terremotos. Há também o chamado permafrost, uma camada de gelo permanentemente congelada que circunda o cofre.

foto permafrost

Isso ajuda a preservar as centenas de milhares de sementes armazenadas no interior, onde as temperaturas são mantidas abaixo de 18 graus negativos. O cofre é protegido a sete chaves, o que garante que suas sementes sobrevivam por milhares de anos, se necessário. E, por isso mesmo, não há uma maneira humana de chegar a essas sementes.

Mas a segurança do cofre tem preocupado os cientistas nos últimos tempos. E a culpa é das mudanças climáticas. Em 2016, o ano mais quente da história de acordo com a Nasa, o aumento nas temperaturas fez com que a água derretida rompesse o túnel de entrada do cofre.

E as coisas não melhoraram – em 2020, foi documentado o verão mais quente da história de Svalbard. Segundo o cientista Kim Holmen, do Instituto Polar Norueguês, isso causou um derretimento sem precedentes das geleiras e o degelo do permafrost.

Por isso, a situação do local vem sendo monitorada há alguns anos.

2 – Ilha da Queimada Grande

O segundo dos nossos lugares fascinantes é mais próximo do que você imagina. A Ilha da Queimada Grande fica a cerca de 35 quilômetros do litoral do Estado de São Paulo. Mas se você pensou em visitar a ilha, pode esquecer – ela é habitada quase exclusivamente por cobras venenosas.

ilha da queimada grande foto google

As estimativas são de que haja entre uma e cinco serpentes por cada metro quadrado da ilha. É a segunda maior concentração de cobras por área do mundo, atrás apenas da Ilha de Shedao, no Japão.

A situação, que já era perigosa, fica ainda pior porque a Ilha da Queimada Grande é lar de uma cobra altamente venenosa, a jararaca-ilhoa. É uma espécie de víbora que só existe em Queimada Grande.

Mas como essa cobra foi parar lá? E por que existem tantas delas? Bom, a ilha foi descoberta em 1532, pela expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza. O nome foi dado por pescadores.

Sabendo do risco que corriam ao desembarcar por lá, eles ateavam fogo na mata costeira para afugentar as serpentes. Por isso, a chamaram de Ilha da Queimada Grande.

Mas a história da ilha é bem mais antiga, e explica o porque dessa abundância de cobras. Ela foi formada no final da última era glacial, há cerca de 11 mil anos, quando o nível do mar subiu. Isso fez com que o morro, que fazia parte da Serra do Mar, se separasse do continente. Assim, o local foi transformado em uma ilha.

ilha da queimada grande foto google 2

Depois da separação entre morro e continente, as jararacas que ficaram na Ilha da Queimada Grande sofreram uma série de adaptações de acordo com as condições ambientais do local. E acabaram se diferenciando das jararacas que ficaram no continente.

Como há uma quase ausência de predadores de serpentes na ilha e uma grande disponibilidade de alimentos, as jararacas-ilhoas se espalharam de forma impressionante.

Essas cobras podem medir entre meio e um metro, e têm um veneno potente. A sorte, se é que isso pode ser dito, é que o veneno é mais forte para aves do que para mamíferos.

foto de cobra da ilha

É justamente por causa dessa quantidade de cobras que o governo brasileiro proíbe qualquer pessoa de pisar na ilha, como medida de precaução. A única exceção são alguns pesquisadores. Mas, para ficar lá, eles devem estar sempre acompanhados por um médico e seguir protocolos rígidos.

Em 2019, porém, aconteceu algo aterrorizante. Quatro homens ficaram presos na Ilha da Queimada Grande, depois que o barco pesqueiro deles afundou, sendo resgatados após três dias.

De qualquer forma, essa ilha remota de 43 hectares no litoral de São Paulo não parece o destino de férias mais atraente. Tanto que, em 2010, um site especializado em listas colocou a Ilha das Cobras como o pior lugar do mundo para se visitar. À frente até da zona contaminada da antiga usina de Chernobyl, na Ucrânia.

Lugares fascinantes 3 – Gruta de Lascaux

O terceiro dos nossos lugares fascinantes não é exatamente perigoso, mas não podemos entrar nele por causa das Valiosas obras de arte que estão lá. Não estamos falando de algum museu privado, e sim de uma gruta, localizada no sul da França – a gruta de Lascaux.

foto google montignac na frança

Ela é um dos exemplos mais bem preservados de arte pré-histórica já descoberto. Ao todo, o local tem cerca de 600 pinturas e 1.000 gravuras feitas há cerca de 17 mil anos.

Entre as pinturas, há apenas uma imagem humana. Naquele período, nossa auto-representação era geralmente feita através de esculturas. A maior parte das pinturas da gruta mostram cenas de caça.

São representados grandes animais, comuns na fauna do período Paleolítico Superior, como cavalos, bisões, mamutes, íbex, auroques, veados, leões, ursos e lobos.

A pintura mais famosa e impressionante de Lascaux é conhecida como “A Sala dos Touros”. Além das pinturas, há também uma série de gravuras na caverna, que retratam tanto animais quanto sinais abstratos.

foto de obra na gruta lascaux

Mas por que a caverna é proibida? Para entender, vale a pena voltar alguns anos na história. Lascaux foi descoberta por acaso. Em 1940, nos primórdios da Segunda Guerra Mundial, quatro adolescentes estavam em busca de um cachorro que havia desaparecido.

Ao tentar entrar em um buraco na terra, eles acabaram descobrindo a caverna. Sendo assim, a caverna foi aberta oito anos depois ao público curioso, que queria ver de perto a obra de seus ancestrais. Mas, depois disso, as pinturas e gravuras começaram a ter sua preservação ameaçada.

Posteriormente, em 1963, as visitas tiveram que ser suspensas. Logo após começar a aparecer mofo nas paredes da caverna. E, hoje, quase 60 anos depois, ainda assim continua fora do alcance do público. Para saciar a curiosidade, foram construídas réplicas. Essa foto é de uma delas.

replica de foto da gruta de lascaux

Lugares fascinantes 4 – O umbigo do Mundo

Enfim, chegamos ao nosso último lugar proibido, conhecido como o “umbigo do mundo”. O lugar fica na Austrália, e é um dos maiores monólitos do planeta – e, como deu para imaginar, se parece com um umbigo.

foto google Uluru na austrália

Estou falando de Uluru, antes conhecido como Ayers Rock. Apesar de estar aberto por muitos anos ao público, o monólito era considerado uma atração turística. As pessoas podiam até tentar escalar 348 metros para chegar até o cume.

Para isso, tinham que enfrentar um calor extremo, em torno de 47 graus no verão. Mas, recentemente Uluru foi adicionada à lista de lugares que o público não pode visitar. Isso porque trata-se de um local sagrado para os aborígenes anangu, que são os guardiões da rocha.

Na cultura anangu, Uluru é uma evidência de que os seres celestiais chegaram à Terra quando ela ainda não tinha forma nem vida. Dessa forma, esses seres teriam viajado por aqui, criando espécies e formas vivas ao longo do caminho. E uma dessas criações seria justamente Uluru.

foto de Uluru na Austrália

Por isso, membros dessa comunidade aborígene queriam que suas tradições fossem respeitadas e que os visitantes não pudessem mais escalar o local. Dessa forma, o desejo foi respaldado por unanimidade após uma petição do conselho do Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta.

Embora, a decisão de impedir que as pessoas pisem lá tenha sido tomada em 2017, o dia 25 de outubro de 2019 foi o último em que as pessoas foram autorizadas a escalar a rocha. Longas filas de turistas se formaram naquele dia.

Por fim, o Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta ainda pode receber os visitantes. Mas a rocha sagrada só pode ser observada, não mais pisada ou escalada.

foto de Uluru na Austrália

Bom, nossa viagem pelos lugares proibidos chega ao fim.

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Obrigado e até o próximo post.

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