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atol das rocas

Conheça o Atol das Rocas, uma formação de recifes isoladas de conservação do Brasil

 

Afastado da costa brasileira e perdido na nossa memória existe um refúgio secreto, seu nome é Atol das Rocas.

Rocas é o único atol do atlântico sul, um organismo frágil intocado cheio de segredos que permaneceu escondido dos brasileiros e do resto da humanidade durante séculos e até hoje não há um mapa definitivo da região, o que faz de rocas o atol esquecido.

O porto de Natal é o lugar mais frequente para se chegar a esse santuário isolado e a viajem dura em torno de 16 horas percorrendo mais de 140 milhas até chegar ao atol das rocas.

Atol das Rocas

Atol das Rocas, é uma reserva biológica pouco conhecida e com características únicas, tanto no ponto de vista biológico, ecológico e ambiental. Historicamente, é a primeira unidade de conservação marinha do Brasil.

Criado em 1989, é o único atol do atlântico sul e o único no brasil e tem uma formação muito peculiar.

O Atol das Rocas é um recife de formato circular que se formou no topo de uma montanha submersa. Ele cresce até bem rente à superfície e durante a maré alta ele fica quase que totalmente coberto de água e durante a maré baixa, ele fica exposto e você pode caminhar sobre ele.

Sua extensão tem 5 quilômetros quadrados e meio de área, para um atol é pequena, sendo um dos menores atol do mundo. mas quando se caminha por lá, se torna gigantesco.

Quando você desembarca lá, vê uma paisagem totalmente surreal, parece um oásis no meio do oceano.

Lá você vê um espaço totalmente dominado por aves marinhas, cinco espécies que vivem por lá. Você é totalmente um intruso, como se tivesse que pedir licença para as

aves para poder passar.

Quando o atol está exposto a superfície na maré baixa, você tem várias áreas dentro dele que são mais fundas com piscinas naturais que estão sempre cheia de água, criando muita vida por ali.

Debaixo d’água você também vê coisas espetaculares, muito difícil de se ver em outro lugar. Tartaruga normalmente você vê na praia desovando, quando você está na piscina do atol, você as vê no seu ambiente natural nadando super tranquila e a vontade.

atol das rocas

Lá, você também vê tubarão com muita frequência, tem muito tubarão lixa e tubarão limão, espécies que não são muito agressivas, então você pode chegar perto delas sem maiores problemas.

O fato de se ter conseguido criar uma infraestrutura boa permite que tenha três cientistas permanentemente no atol, é uma ocupação positiva pois antes

você tinha muito pescador e pessoas que usavam o atol para se divertir sem os cuidados necessários.

Agora felizmente o atol é ocupado por pessoas realmente preocupação com a conservação do local que são os pensadores e ambientalistas responsáveis .

O que é um Atol

Um atol é uma ilha de coral em forma de anel cercando uma lagoa, mas rocas é muito mais complexo que isso.

atol das rocas

Há muito tempo uma montanha afundou no mar e uma parede de algas calcárias cresceu ao redor formando um recife com 3 km de diâmetro repleto de piscinas de maré, baías e canais. A medida que a montanha afundava as forças da natureza criaram duas ilhas de areia e uma lagoa rasa.

A lagoa é o coração do atol e ao seu redor estão as estranhas formações que deram nome a rocas. Apesar de parecerem rochas elas são na verdade, compostas de algas calcárias.

No passado pescadores iam constantemente jogar suas redes na lagoa e colher seus inúmeros frutos, hoje é diferente com a vigilância constante, os pescadores já não vão mais.

A Lagoa permanente do Atol das Rocas

A água é quente e repleta de vida. As pedras oferecem abrigo para um jovem peixe-frade com listas que cobrem toda a lateral do seu corpo, elas desaparecerão à medida que ele crescer.

Essa lagoa é considerada rasa em relação aos outros atóis, mas mesmo na maré baixa ainda haverá mais de quatro metros de profundidade.

A Lagoa temporária do Atol das Rocas

Formada durante a maré cheia, a lagoa temporária proporciona vida não só para pequenos peixes, os predadores também entram aqui durante a maré cheia.

O tubarão-lixa por exemplo, que costuma se alimentar no fundo e o maior predador do atol, o tubarão-limão. As fêmeas dessa espécie costumam dar à luz dentro da lagoa.

As raias vão ao atol vasculhar o fundo em busca de crustáceos e moluscos enterrados na areia. As raias possuem um ferrão localizado na calda e podem machucar uma pessoa, mas ela só usa para defesa e não para o ataque, é como se ela dissesse: “me respeite, então eu te respeito também.”

Essa não é uma reação comum porque em áreas abertas assim, os animais tendem a ser ariscos.

Os tubarões-lixa não podem ficar por muito na lagoa temporária, pois em poucas horas ela secará completamente.

Os Recifes

Os recifes cercam a lagoa e durante a maré baixa, ficam totalmente expostos. Ao contrário dos recifes de coral que são formados pela sobreposição de animais vivos e mortos, este aqui é feito de algas calcárias, plantas petrificados pelo tempo.

Em 1979, o atol das rocas foi declarado reserva biológica pelo governo brasileiro. Mesmo assim não recebeu a merecida a proteção à de 1993, quando foi montado um posto de guarda permanente.

Os segredos do atol das rocas

Para entender e revelar seus segredos é preciso entender primeiro as marés. Duas vezes por dia o atol inspira e expira.
À medida que ele exala, a água corre para o mar aberto formando poças de água

onde ficam presos animais azarados. Alguns sobreviverão, outros não.

Nos recifes é o ritmo das marés que ditam os ciclos de vida e morte. Os ventos atingem até 20 anos e as ondas dois metros.

O atol também é formado por 2 ilhas, Ilha do Farol e Ilha do Cemitério.

Ilha do Farol

A maior das ilhas do atol, lá encontramos restos de naufrágios. Descoberto há 500 anos pelos portugueses, rocas e sua história marcada por naufrágios e mortes.

No atol, temos a marca do trágico de embarcação, os restos de mais de 30

Naufrágios. Alguns foram destruídas pela força das ondas, das marés e do tempo. Outros foram absorvidos pelo ecossistema.

No começo do século 20 um faroleiro e sua família viveram nesta solitária construção. Suas vidas dependiam da água doce guardada no reservatório, até que um dia o filho do faroleiro abriu a torneira e esvaziar o tanque.

A mãe e a criança pereceram, alguns dizem que o pai ainda estava vivo quando o resgate chegou. Os detalhes preciso dessa tragédia foram esquecidos assim como o próprio atol. agora só os caranguejos vivem no farol.

Ilha do cemitério

Com muitas aves, cada espaço do atol é muito disputado. Na ilha do cemitério com não há árvores, as aves pousam sobre o que se acredita ser túmulos de náufragos do passado.

As viuvinhas ocuparam as áreas de grama das duas ilhas. Mas muito da vegetação na ilha do farol foi destruída pela multidão de atobás brancos, para eles tudo bem, já que eles colocam seus ovos diretamente na areia.

Essas ilhas arenosas no meio do oceano podem ser pequenas, mas são preciosas para reprodução das aves marinhas e o atol é um pedaço de terra rodeado pelo oceano.

Baía Salão

A baía Salão é um pequeno pedaço do oceano envolvido pelo atol. Aqui encontramos um mundo muito mais verde do que aquele que vemos na lagoa.

O salão é cercado por recifes que impedem que a vegetação aquática seja arrancada pela violência das ondas.

Por todos os lados vemos peixes se alimentando das algas. Cavernas e tocas no coral, servem como abrigo temporário, mas o salão não é grande o suficiente para abrigar os grandes peixes.

Para eles este lugar é bom mesmo é para fazer um lanche rápido. Tubarões lixa descansa na sombra, ao contrário da maioria dos tubarões, eles não precisam nadar o tempo todo para respirar.

O povo tem seus próprios truques para lidar com os perigos do atol, ele usa camuflagem para se esconder de animais maiores.

Quando um polvo se sente ameaçado, ele procura uma toca enfia a cabeça e entra para se esconder. Como ele não tem nenhum osso no corpo, fica fácil ele entrar até nas menores aberturas.

Há uma explosão de vida no atol, ele é como uma mãe para todas as

criaturas que vivem aqui. Como rocas é uma reserva biológica, os animais não nos veem como uma ameaça.

As tartarugas verdes vão até a ilha do farol a noite para cavar a areia e depositar seus ovos. Primeiro ela prepara a areia, então cavar um buraco profundo com as nadadeiras traseiras, nesse momento ela está quase pronta para desovar.

As tartarugas verdes se reproduzem em média a cada três anos e sempre fazem isso no mesmo lugar onde nasceram. Esse é o único momento em seu ciclo de vida em que ela sai do mar.

Todo ano mais 500 tartarugas desovam nessa praia. Antes de ir embora ela cobre o ninho de areia até camuflá-lo totalmente e depois de mais um descanso, a tartaruga

se arrasta pela praia até alcançar a água, pois ela precisa voltar ao mar antes da maré baixa.

Seus movimentos são extremamente lentos e suas nadadeiras tão graciosos no mar tem pouca utilidade sobre a superfície dura e afiada das rochas.

Piscinas de Marés

Há por volta de 12 piscinas dentro da barreira de recife do atol, e é aqui que as criaturas mais jovens e vagens e encontram refúgio.

Para os filhotes esses lugares oferecem tudo o que é necessário para sua sobrevivência.

As piscinas não tem conexão com o mar aberto na maré baixa, mas mesmo com a maré alta são rasas e a conexão é feita por uma lâmina d’água com apenas 15 cm, como a da imagem abaixo.

As piscinas são usadas para o nascimento do tubarão-limão, que ficam lá e conseguem respirar mesmo quando não estão nadando. Os bebês medem aproximadamente 45cm.

Eles ficam transitando entre as piscinas formadas pela maré e quando crescem, vão para o mar aberto onde atingem até 2,5 de comprimento.

Como e quando estes animais se movem entre os diferentes ambientes é mais um mistério do atol a ser desvendado.

Barretão

É uma conexão permanente entre a lagoa e o oceano. Perto da saída em direção ao Oceano existem variadas correntes, por exemplo, corrente de quase 4 nós.

O atol está expirando, expelindo água suficiente para fazer sua profundidade baixar mais de 1,5 m e enquanto ele se esvazia os peixes literalmente nadam para ficarem no mesmo lugar.

atol das rocas

Quando a maré flui para fora do atol os peixes vão junto com ela e na entrada os grandes predadores estão esperando por eles de boca aberta.

Rocas é mesmo um lugar muito especial e seus diferentes ambientes, a interação entre pessoas e animais está ficando cada vez mais rara.

Mapa do Atol das Rocas

Listamos abaixo mais algumas estações de coleta do atol:

1 – Piscina Norte-Nordeste do Farol;
2 – Laguna/Barretão;

3 – Piscina das Fendas;

4 – Fenda;
5 – Cabeço de Nordeste;

6 – Piscina das Rocas;

7 – Piscina das Âncoras;

8 – Salãozinho;

9 – Salão;

10 – Piscina das Tartarugas;

11 – Piscina Podes-Crer;

12 – Piscina dos Mapas (ou de Sudoeste);

13 – Piscina do Cemitério;

14 – Poças de Maré;

15 – Barreta Falsa;

16 – Barretinha;

17 – Frente da Barretinha;

18 – Piscina Oeste do Farol.

Hoje o Atol das Rocas e o Arquipélago de Fernando de Noronha são patrimônio da Humanidade, declarado pela UNESCO.

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Obrigado e até o próximo post.

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