Desde o início do monitoramento em agosto de 2021 a AMLD já constatou 428 registros no viaduto vegetado, sendo 12 de répteis, 176 de aves e 240 de mamíferos.
Estas imagens mostram o uso do viaduto vegetado pela fauna entre 18/09/ e 01/12/2021.
A AMLD concluiu o plantio das árvores em novembro.
Para os micos-leões-dourados utilizarem a passagem as árvores precisam crescer.
Daqui a 4 a 7 anos elas estarão altas o suficiente.
A Reserva
A reserva biológica de Poço das Antas tem uma área superior a 5.000 52 hectares. Foi a primeira reserva biológica a ser criada no Brasil em 1974.
Além do mico-leão-dourado tem uma série de outros animais como a anta, a capivara, a preguiça e grandes felinos como a jaguatirica e a onça.
Ao lado direito da Rodovia, temos a vegetação da Mata Atlântica, temos a Embaúba e diversas outras árvores.
infelizmente milhares de animais morrem atropelados não só nessa área da
BR-101, mas em outros pontos, tendo em vista que BR-101 é extensa, começa no Rio Grande do Sul e vai até o Rio Grande do Norte.
Abaixo iremos ver uma foto de uma passarela construída para interligar os dois lados da mata, permitindo que os mico-leão-dourado transitem de uma lado para o outro com segurança.
Essa passarela também proporciona a diversificação da espécie, permitindo que os animais tenham cruzamento com indivíduos de outra família.
Vale ressaltar que durante a semana e Feriados a BR-101 tem um grande fluxo de veículos.
A Construção do viaduto vegetado
Construído na BR-101 entre as cidades de Silva Jardim e Casimiro de Abreu, no quilômetro 218 da BR—101, o viaduto vegetado foi o primeiro viaduto vegetado construído em rodovias federais no Brasil para passagem dos animais que liga a reserva, que é a área do mico-leão-dourado à outra área de mata do outro lado da rodovia.
A Importância do viaduto vegetado
Como a BR-101 atravessa a floresta onde vivem vários animais e, também os últimos remanescentes das florestas onde vivem o mico-leão-dourado, espécie ameaçada de extinção e um símbolo da conservação da natureza no brasil.
Com a duplicação da rodovia, formou uma barreira para a circulação dos micos e dos outros animais da mata atlântica.
Impedidos de chegarem a reserva biológica de poço das antas, um raro refúgio da biodiversidade nesta região, os animais precisavam transitar pelas matas para se alimentar, se reproduzir e cumprir o seu papel de dispersores de sementes.
Assim as florestas se mantem vivas, protegendo os solos e as águas dos rios que nos abastecem.
O viaduto vegetado
Esse tipo de estrutura existe em países como Argentina, Estados Unidos, Holanda, Singapura, entre outros. O Brasil. tem a maior riqueza de plantas e animais do planeta e esperamos que este viaduto inspire a construção de muitos outros.
O viaduto vegetado era uma das condicionantes definidas do licenciamento ambiental da duplicação da rodovia, mas foi preciso fazer campanhas, abaixo assinados, reuniões e teve até um processo judicial.
Finalmente a obra foi concluída para reforçar essa conexão, a associação adquiriu com recursos da organização holandesa DOB Ecology uma fazenda do outro lado da rodovia, onde está restaurando a mata atlântica e mais de 90 hectares de pastos.
Em breve associação vai criar até um parque para visitação pública. O viaduto vegetativo é frequentemente monitorado para ver sua utilização pelos micos e pela preguiça-de-coleira, uma outra espécie ameaçada.
Esta obra foi um passo fundamental para reduzir o impacto de infraestruturas, como as rodovias sobre a biodiversidade no país. O esforço e investimento valeram a pena, a natureza agradece.
Informações
A rodovia BR-101 atravessa três Unidades de Conservação federais na área de ocorrência dos micos: a APA Rio São João/Mico-Leão-Dourado; a Reserva Biológica de Poço das Antas e a Reserva Biológica União.
Além do viaduto vegetado, também foram instalados 15 túneis, 10 estruturas de passagem copa-a-copa e adaptação do vão das pontes dos rios que atravessam a estrada.
O Ministério Público Federal, em Macaé, apresentou a Ação Cívil Pública que foi acatada pela justiça e monitora o cumprimento das exigências previstas no licenciamento.
O Laboratório de Ciências Ambientais da UENF da apoio técnico para monitoramento da fauna.
A AMLD comprou a Fazenda Igarape com recursos doados por DOB Ecology e apoio técnico de Save the Golden Lion Tamarin e Saving Nature.
Restauração florestal nos dois lados do viaduto: DOB Ecology, Fundo Disney para a Conservação, Fundo/ExxonMobile, American Association of Zoo Keepers e Escola Digitalmax.
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