A Agência Espacial Brasileira confirmou que o pedaço de metal encontrado no Paraná é lixo espacial. Essa confirmação foi feita por técnicos após analisarem o item encontrado.
Encontrado em São Mateus do Sul em março deste ano, pesquisadores dizem que esse objeto é lixo espacial e possivelmente seja parte de um foguete da Space X.
Confirmada como lixo espacial, a peça metálica encontrada no sul do Paraná e, segundo pesquisadores, pode ser um pedaço do foguete Falcon 9 da Space X, do bilionário Elon Musk.
Análise do lixo espacial
A análise do objeto encontrado na propriedade rural foi feita na sexta-feira dia 18 de maio.
Confirmação do lixo espacial
Essa confirmação foi feita na última terça-feira 31 de maio no qual técnicos da Agência Espacial Brasileira fizeram um relatório após a análise do item.
Seguindo o protocolo, logo após a identificação, a agência deve comunicar as autoridades brasileiras responsáveis pela comunicação que por sua vez comunica às autoridades do país responsável pelo lixo espacial. Esse procedimento é feito para que o objeto seja resgatado e armazenado corretamente.
Até o dia 01 de junho, ou seja, um dia antes da publicação deste post, a Agência Espacial Brasileira (AEB) não havia informado a que país e nem a qual empresa pertencia o objeto encontrado.
Entenda, abaixo, como é identificado o país-lançador.
Identificação do país de origem do lixo espacial
Segundo a Agência Espacial Brasileira (AEB), o registro de todos os objetos espaciais fica na Organização das Nações Unidas (ONU). Aqui no Brasil, esse registro fica sob responsabilidade da Agência Espacial Brasileira.
Além disso, em 1973 foi promulgado o Acordo sobre Salvamento de Astronautas e Restituição de Astronautas e de Objetos Lançados ao Espaço Cósmico.
Nesse decreto, contém um artigo que determina que em caso de identificação de um artefato espacial que tenha retornado à Terra em território brasileiro, o mesmo deve ser restituído ao país responsável pelo lançamento. Desse modo, o objeto encontrado voltará a seu país de origem.
Por ora, a peça permanece no local onde foi encontrado, em uma propriedade na área rural do município paranaense, informou a nota.
Vídeo do lixo espacial
Um vídeo foi feito por uma moradora do local, a empresária Joseane Maria Franco Portes ao encontrar o objeto. De acordo com a empresária, seu marido, João Ricardo Pacheco Porte, verificava as cercas da propriedade quando por acaso localizou o objeto.
Ao encontrar a peça, João pediu a Joseane que fosse lá, pois havia achado um “negócio” no meio do mato. Joseane imediatamente pegou o celular e foi ver do que o marido estava falando. Mas, informou que não teve coragem de encostar no objeto.
Logo após ver o objeto, ligou a câmera do celular e começou a filmar. No vídeo, ela relata que aquilo poderia ser “o barulho que nós escutemos aquela noite, que caiu bem pertinho aqui de casa”, “deve ser uma parte daqueles negócios, lixo espacial que caiu.”
Conforme o vídeo narrado por Joseane mostrando a presença do objeto no terreno, ela também informa que a peça encontrada, inclusive, quebrou galhos de árvores durante a queda.
A descoberta do lixo espacial
Apesar de ter ouvido o barulho bem próximo, a empresária explicou que o objeto não caiu em sua propriedade e sim em um terreno ao lado.
Apesar de só terem encontrado a peça quarta-feira dia 18 de maio, eles acreditam que a queda aconteceu na semana anterior, pois segundo Joseane, por volta das 5h ouviu um barulhão.
Ela relata também que no momento que ouviu o barulho, pensou que alguma coisa havia explodido perto dali. Mas, não viu nada ao ir do lado de fora verificar.
Como o terreno é grande, não andam muito por ele para conferir se está tudo certo. O trabalhado com eventos não permite que eles sempre andem por toda propriedade, por esse motivo não acharam antes. Explica Joseane.
Explicação:
Segundo especialistas, o objeto pode ser a tubeira de um dos motores da segunda etapa do foguete Falcon 9 lançado em 2015.
Depois de completar sua missão, o foguete ficou sem combustível suficiente para voltar à Terra e acabou permanecendo no espaço.
Segundo publicação, a cidade de São Mateus do Sul fica praticamente abaixo da trajetória de onde o objeto caiu e foi encontrado. Além disso, a trajetória da reentrada do foguete, foi observada uma semana antes da descoberta do artefato.
A peça de metal retorcido tem cerca de quatro metros de comprimento. Além disso, ao analisar as imagens, o grupo de pesquisadores encontraram semelhanças entre o objeto encontrado e a a tubeira do motor Merlin 1D do foguete Falcon 9.
As imagens com detalhes foram disponibilizadas no site da Rede de Monitoramento. As semelhanças são na solda das emendas, nos buracos de rebites no qual se pode ver nos dois objetos.
Além disso, foi ressaltado que o tamanho da peça (cerca de quatro metros), citado pelos moradores bate com a medida, que é de mais de três metros (medida característica da peça).
Por fim, os pesquisadores ressaltaram que o objeto não se destruiu no seu retorno à atmosfera devido a ser feito de uma liga de nióbio e titânio, garantindo sua resistência adicional às altas temperaturas.
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